Foram realizadas no Perímetro Irrigado de Jaíba, de 30 de março a 03 de abril, 10 reuniões com todos os futuros beneficiários do projeto “Atualização dos Sistemas de Irrigação da Agricultura Familiar”. Serão contemplados 1.044 agricultores familiares da Etapa I, do Perímetro Irrigado de Jaíba.
As reuniões foram coordenadas por Antônio Carlos Coutinho, agrônomo da Cemig Distribuição SA – Área de Utilização de Energia na Agricultura e coordenador do Projeto “Atualização dos Sistemas de Irrigação da Agricultura Familiar”, sendo realizadas nas áreas, escolas, núcleos habitacionais, instalação da Centraljai e no Centro Cultural de Mocambinho. Cada reunião contou com a participação de cerca de 90 a 100 produtores familiares.
Acompanharam todas as reuniões o gerente executivo do DIJ-Distrito de Irrigação de Jaíba, Bernardino Gervásio Araújo e engenheiro mecânico do DIJ, Marcos Medrado.
Os objetivos das reuniões foram relatar aos produtores familiares as vantagens e benefícios do projeto e também as penalidades para o produtor que não trabalhar adequadamente. Foram repassadas informações sobre o processo de seleção e visitas individuais da Emater-MG aos lotes, durante um mês, para selecionar os colonos.
Este é um programa de eficiência energética instituído pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, exclusivo para o Perímetro Irrigado de Jaíba.
Ocorreu primeiro o projeto piloto que contemplou 89 lotes da Área F, com investimento de R$ 867.800,98. O projeto piloto que está em fase final, conta com água com pressão, sem conjunto motobomba. O DIJ distribui a água. Neste mês de abril serão entregues os últimos projetos de irrigação testados e instalados.
Segundo Antônio Carlos Coutinho, agrônomo da Cemig Distribuição SA – Área de Utilização de Energia na Agricultura e coordenador do Projeto “Atualização dos Sistemas de Irrigação da Agricultura Familiar”, em função desse projeto, surgiu a oportunidade de um projeto maior para 1.044 irrigantes, onde contempla o restante da área F e todas as outras áreas serão atendidas, A, B, C3 e D.
– O custo total do projeto atual para os 1.044 irrigantes é de 13 milhões e 809 mil reais. A Cemig investirá R$ 13 milhões e 200 mil. Sendo 95,6% do valor. E a contrapartida de R$ 609 mil é de 4,4% da Codevasf – Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e DIJ – Distrito de Irrigação de Jaíba, que contribuirão com aquisição de hidrômetros para medição do consumo de água noturno na área F e pagamento a Emater-MG, pela elaboração dos projetos dos irrigantes e Assistência Técnica. O investimento é de R$ 12.225 por lote, ou seja, por produtor familiar. O consumidor utilizando a energia elétrica de maneira eficiente iria está sempre em condições de pagar a energia elétrica em dia – ressalta.
Coutinho explica que a Cemig deve aplicar 1% do resultado líquido operacional em programas de Eficiência Energética. Essa obrigação foi instituída pela ANEEL, que controla todas as concessionárias de energia elétrica do Brasil.
O objetivo principal desse programa é que a energia elétrica seja utilizada de maneira eficiente, contribuindo para que novas usinas hidrelétricas não sejam construídas, tendo a Cemig prioridade em áreas agricultáveis, que produzem alimentos. A Cemig investe no uso eficiente da energia elétrica na irrigação.
– O antigo sistema de asperssão, convencional, por meio de micro aspersores e aspersores, gastava muita água, ocorrendo o desperdício. Agora, os colonos irão irrigar a noite com o sistema econômico e sem desperdício, através do controle do painel eletrônico, que controla como é calculada a tarifa irrigada. O colono terá a tarifa reduzida, podendo irrigar a noite, respeitando o meio ambiente, irrigando com eficiência e qualidade. Este também é um projeto de responsabilidade social trabalhando com atualização dos sistemas de irrigação da agricultura familiar. Temos todos que trabalhar em pareceria, cooperando um com o outro para que o projeto se alavanque e proporcione melhor qualidade de vida oos colonos, gerando emprego e renda – salienta o gerente executivo do DIJ, Bernardino Gervásio Araújo.
Benefícios esperados com projeto:
– Redução no consumo de água e energia elétrica.
– Melhorar a eficiência do uso da água e o consumo de energia elétrica na produção de irrigados.
– Redução no custo de produção dos produtos irrigados.
– Utilizar de maneira racional a água e energia. Para o colono irrigante, a água e energia são insumos tão importantes como são as sementes e defensivos agrícolas.
– Transferência de mão-de-obra para outras atividades. O sistema é todo fixo e automatizado e com isso o irrigante terá mais disponibilidade de tempo para dedicar a outras atividades, inclusive treinamentos e lazer.
– Não haverá necessidade de mudança de tubulação de um ponto da irrigação para outro ponto.
– Aumento no número de utilização dos lotes, na área de cultivados e o número de cultivos. Aumento da renda familiar, acontecendo assim, as melhorias das condições sócio-econômicas dos irrigantes.
Haverão 10 treinamentos em eficiência na irrigação, durante 3 dias cada treinamento, sendo das 13 as 17 horas. Os irrigantes serão preparados para a operação e manutenção do aparelho. A Emater-MG com cuidados técnicos e o DIJ e Codevasf com treinamentos de como gerenciar um sistema de irrigação dentro de um Perímetro Irrigado.
Profissionais da Cemig irão acompanhar os colonos irrigantes, durante 15 dias de cada mês. Após o treinamento, os agricultores familiares assinarão um termo de responsabilidade e compromisso.
Serão realizados 10 dias de campo, em que serão escolhidos 10 lotes, mostrando porque o colono está tendo sucesso e sua lavoura está indo bem. Com um ano, será realizado um grande encontro técnico com colonos irrigantes do Estado e de outros estados e também pessoas da sociedade para conhecerem o projeto e conferir se os colonos usam os equipamentos de forma adequada e se o programa está tendo o sucesso esperado.